TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM AMBIENTES EDUCATIVOS




"A investigação tem demonstrado que a estratégia de acrescentar a tecnologia às atividades já existentes na escola e nas salas de aula, sem nada alterar nas práticas habituais de ensinar, não produz bons resultados na aprendizagem. 
Sendo assim, que tipo de atividades devem desenvolver os agentes educativos para favorecer a aquisição de conhecimentos significativos?"

Verifica-se atualmente que as salas de aula das escolas públicas em Portugal, estão a melhorar a cada dia que passa. Como Candeias & Silva (2008) referem, quando se procura conceber, desenvolver e avaliar todo um ambiente virtual de aprendizagem, este deve conter “espaços individuais e coletivos de acesso à informação, de debate e de reflexão colaborativa “, atividades de aprendizagem e desenvolvimento individual e também de grupo. Desta forma, basta entrar dentro de uma sala de aula para verificarmos que, estamos cercados pelas novas tecnologias. Elas criam ambientes que modificam as nossas vidas e as nossas mentes, os métodos de ensino, os recursos didáticos usados na explicação dos conteúdos, seguindo sempre o caminho do progresso.
Com introdução das novas tecnologias na educação, os professores necessitam de se preocupar com as carências de cada aluno, para conseguir que este alcance o objetivo pretendido. Logo, as competências irão ser dividias em três domínios:

Cognitivo - onde irá desenvolver estratégias de aprendizagem, criatividade e pensamento critico;

Intrapessoal - capacidade de lidar com emoções e moldar comportamentos;

Interpessoal - expressar ideias, interpretar e trabalhar com outros indivíduos

No texto de Maria Isabel Candeias em “A nossa sala de aula já é maior que o planeta Terra!”, podemos refletir relativamente à forma como as tecnologias de informação e comunicação potenciam o desenvolvimento de projetos curriculares através da criação de espaços individuais e coletivos de acesso à informação, de debate e de reflexão colaborativa, capazes de suportarem o desenvolvimento das competências de observação e interpretação do mundo e da ação pessoal e grupal, visto que, podem apoiar a construção de um saber global a partir da integração de saberes específicos, fornecendo os recursos que facilitam os processos de aprendizagem e  preparam os estudantes para uma futura intervenção numa sociedade que faz uso da Inteligência Colectiva como núcleo de desenvolvimento.

Um dos processos que contribui para o ensino-aprendizagem está relacionado com a utilização das TIC, visto serem ferramentas de apoio. Uma tecnologia adequada permite que as aulas sejam contextualizadas e a aprendizagem aconteça conforme a realidade dos alunos. Dessa forma, o docente deve utilizar todos os recursos tecnológicos disponíveis, para cativar a atenção do aluno e por fim favorecer uma educação de qualidade. Para isso, é importante que ele saiba em que momento inserir uma tecnologia no seu programa curricular de forma a enriquecer as aulas. Torna-se vital que o docente esteja em continuo aperfeiçoamento, desta forma, estará preparado para utilizar as novas tecnologias em todas as suas dimensões, sabendo o porquê, quando e como inseri-las no seu plano curricular.

Logo, a utilização do computador no espaço educativo tem como função, transpor as barreiras convencionais, proporcionando a este novo ambiente a renovação de conteúdos, objetivos e essencialmente, dos métodos. A utilização do computador proporciona ao aluno a obtenção de informação, adequada à sua realidade e necessidades, permitindo criar contextos de troca e interação. (Pocinho e Gaspar, 2012).
Desta forma, os professores inserem-se num papel de dinamizador deste novo processo de ensino-aprendizagem e na construção de uma verdadeira comunidade virtual. O professor passa assim a ser um “guia, mediador, conselheiro e desafiador, acompanhando na busca, seleção e tratamento da informação”, (Candeias & Silva, 2008).
Neste contexto, o docente deve despertar no aluno a vontade de aumentar o seu conhecimento e querer aprender cada vez mais. Para isso, poderá utilizar aplicativos educacionais de uma maneira prática e de fácil acesso, em diferentes momentos.



Bibliografia: 



Pocinho, R. & Gaspar,J.P. (2012). O uso das TIC e as alterações no espaço educativo. exedra,6, pp.143-154.
Candeias, M.I. & Silva, J.A. (2008). A nossa sala de aula já é maior que o planeta Terra! Educação, Formação & Tecnologias; vol. 1(1), pp. 142- 152.
Miranda, G. (2007). Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 03, pp. 41-50.

Comentários

Mensagens populares